quinta-feira, 30 de julho de 2009

Acta Media 7 - Simpósio Internacional de Artemídia e Linguagens Digitais

O objetivo deste evento é investigar práticas discursivas, culturais, linguísticas e midiáticas que revelem a presença do entrelaçamento entre o virtual e o real, entre a linguagem e a realidade, entre representações e objetos, de modo a proporcionar um discurso abrangente sobre o conceito expandido de cíbrido.


Embora descrito por Peter Anders como a ampliação da membrana entre o digital e o real, o conceito de cíbrido pode ser reelaborado para incluir a interrrelação entre a virtualidade, a linguagem, a imaginação e seus homólogos físicos, presenciais e atualizados.

Este encontro em São Paulo visa complementar os trabalhos iniciados no Simpósio “Languages and Cultures in Cybrid Practices”, realizado em 15 e 17 de abril de 2009, no Monroe Park Campus da VCU, em Richmond, Virginia, EUA.

De 7 a 12 de agosto de 2009, pesquisadores estarão reunidos para avaliar passos já trilhados, planejar publicações em inglês e português, avaliar novos projetos, temas, eventos e intercâmbios para os próximos anos que possam dar continuidade à parceria entre a Universidade de São Paulo e a Virginia Commonwealth University (VCU).



SEXTA-FEIRA, 7 DE AGOSTO, DAS 17 ÀS 22 HORAS
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura

Evento de Abertura

17 horas
Recepção e lançamento do livro Artemídia e Cultura Digital, de Artur Matuck e Jorge Luis Antonio (org.), ed. Musa e Fapesp, 2009.

O livro Artemídia e Cultura Digital apresenta os conteúdos veiculados no ACTA MEDIA 3, realizado pelo PGEHA em colaboração com o Museu de Arte Contemporânea da USP, de setembro a novembro de 2004. O livro fundamenta-se numa subdivisão temática, especificada em cada um dos capítulos, que buscou uma ampla visão da artemídia e cultura digital. O livro inaugura a Coleção na editora Musa cujo título é também “Artemídia e Cultura Digital”.


Projeto Performance-Música

17:30 horas
Un0Opera
Por Vanderlei Lucentini & Núcleo In_Táctil

Un0Opera é uma “interface-ópera” que segue os conceitos desenvolvidos anteriormente pelo compositor Vanderlei Lucentini. Esses conceitos se concretizam por meio de música eletroacústica, manipulações sonoras vocais de corpos performáticos em tempo real, fragmentos imagéticos, textualidades. Em Un0Opera, a conjugação de procedimentos estéticos, conceituais, imagéticos, performáticos e sonoros forma diversas camadas fragmentadas sobrepostas, criando o irrecuperável desdobramento e fragmentação da personalidade.
Música, concepção e direção de Vanderlei Lucentini
Performers: Lilian Soarez, Michelle Mattiuzzi, Isaac Asi e Milena de Paula Araújo


Apresentação e Primeira Sessão de Conferências

18:30 horas
O cíbrido nos processos sociomaquínicos: identidades cíbridas
Por Artur Matuck

Nossa atuação no mundo físico e nossa presença sígnica no ciberespaço interatuam, redefinindo-nos como seres copresentes, cooperantes e correpresentados. No futuro imediato, nossa identidade estará também vinculada à nossa representação virtual. Teremos uma presença atualizada nesta realidade emergente. Seremos híbridos – no físico e no ciberespaço – ou mais precisamente cíbridos, crescentemente duplicados, estendidos e interligados a dois mediaversos em constante interação.

19:30 horas
Imaginação literária e cultural no Pós-Guerra Fria: modelos alternativos de interação cultural (ministrada em inglês com tradução simultânea).
Por Marcel Cornis-Pope, MATX-VCU, Richmond, EUA

O desmantelamento do sistema bipolar do mundo em 1989 suprimiu as tradicionais polarizações entre o Oriente e o Ocidente, mas, em certa medida, elas foram substituídas por perspectivas nacionalistas e etnocêntricas que promovem novas divisões culturais. Também surgiram novas divisões, economicamente motivadas, entre o Norte "avançado" e o Sul em “desenvolvimento”.

A história literária e cultural pós-1989 pode, assim, reconstruir o meio de contato e convivência intercultural, enfatizando “transferência”, “tradução” e “contato cultural”. A multifacetada paisagem da Europa Central e do Leste Europeu, marcada por discursos multiculturais e etnias minoritárias, é um terreno especialmente fértil para uma história literária transnacional que, embora não ignore os pontos de conflito, pode trazer para primeiro plano conjunções e cruzamentos entre as culturas. Do mesmo modo, podemos reescrever a história literária das Américas ou da área do Mediterrâneo, enfatizando contatos e intercâmbios ao longo do eixo norte-sul.

Essas proposições serão reavaliadas em exemplos recentes nas histórias literárias multiculturais publicadas no âmbito do Projeto Transnacional de História Literária, da Associação Internacional de Literatura Comparada.

20:30 horas
Sonoridades cíbridas nas Américas
Por Edwin Ricardo Pitre Vásquez

A palestra consta de uma parte expositiva e de uma performática, em que será apresentado um trabalho que utiliza recursos eletrônicos via computador, com material pré-gravado e processado eletronicamente, e instrumentos da música tradicional da América Latina. São composições originais de Edwin Pitre Vásquez mostrando as possibilidades artísticas para criação de textualidade e conteúdo por meio da música.



SÁBADO, 8 DE AGOSTO, DAS 10 ÀS 18 HORAS
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura

Segunda Sessão de Conferências

Das 10 às 12 horas
ESTRATÉGIAS CRIATIVAS EM MÍDIAS CONTEMPORÂNEAS
Mediação: prof. dr. Artur Matuck, ECA & PGEHA


Espaços da escrita e processos autorais: a reinvenção da autoria em meio digital
Por Beatriz Martins, PPG-COM-USP

A noção de autoria passa por um deslocamento significativo na atualidade, por causa, especialmente, das tecnologias interativas. Um modo de analisar esse fenômeno é entender o processo autoral como apropriações socioculturais de diferentes espaços da escrita. Com sua interconectividade eletrônica, o meio digital remodela o impresso e inclui outro agente que desestabiliza, de forma mais radical, o conceito de autoria: a própria máquina.


As ferramentas do pensar no espaço cíbrido
Por Maria Goretti Pedroso, PPG-COM-USP

O escritor argentino Jorge Luis Borges afirma que, quando pensamos, estamos simultaneamente “aqui” e “em algum lugar”. Para assumir nossos corpos múltiplos e suas interconexões, é fundamental desvelar as complexidades que permeiam os espaços híbridos contemporâneos, buscando novos parâmetros na sociedade cíbrida. A condição cíbrida evoca a capacidade de habitar dois mundos ou sistemas concomitantemente. Nesse sentido, os sistemas cíbridos potencializam e expandem a consciência.


O lugar da arte contemporânea: o espaço expositivo
Por Caroline Cabral Rocha, PGEHA-USP

Essa palestra apresenta um levantamento histórico das influências arquitetônicas dos espaços expositivos – das ações artísticas e curatoriais do século XX até a arquitetura líquida e interativa das exposições e manifestações artísticas do século XXI. O objeto de análise é o espaço expositivo, desde Frederick Kiesler a Lars Spuybroek, por meio dos conceitos de “vision machine”, “biotécnica”, “correalismo” e “arquitetura líquida”.


Conceito e definições de cíbrido: alcance e derivações do sentido na esfera da Arte e das Ciências Humanas
Por Victor Aquino, CRP-ECA-USP

Os estudos dos fenômenos relativos são costumeiro repositório de importações e transposições conceituais de outras ciências. Decorrido o desgaste do uso, obsolescem e cedem lugar a outras. Desde os anos 1970, são inúmeros os termos que se revezam na explicação de fatos e coisas novas. A virtualização da realidade, aportada pela Internet, traz um cento deles. Talvez a falta de precisão semântica leve a isso. Nessa perspectiva, discutem-se a apropriação e as derivações de sentido de cíbrido.


Terceira Sessão de Conferências

Das 13 às 15 horas
O FUTURO DO CÍBRIDO
Mediação: Carlos Zibel Costa, FAU-USP


Tecnologia, cultura e cidade: futuros para o projeto da complexidade
Por Caio Adorno Vassão, FAAP-SP

A computação e a interatividade são, hoje e no futuro, parte do ambiente urbano. A chamada “computação ubíqua” amplia muito a complexidade do ambiente. O Metadesign é uma abordagem de projeto que permite pensar e propor a complexidade por meio de uma “caixa de ferramentas abstrata”, e a Arquitetura Livre estabelece uma postura ética e artística para este contexto. Essa palestra tratará do Metadesign como projeto da complexidade, assim como da Arquitetura Livre como uma abordagem crítica para a colaboração em projetos coletivos que envolvam tecnologia de ponta e ambiente urbano.


Tecnologia de Realidade Aumentada
Por Romero Tori, POLI-USP

A Realidade Aumentada (RA) possibilita tanto a integração de informações virtuais a ambientes reais como a incorporação de elementos reais a ambientes virtuais. Essa palestra apresentará uma síntese dos conceitos e tecnologias fundamentais para o desenvolvimento de ambientes aumentados e discutirá alguns dos desafios que devem ser enfrentados por designers que decidirem utilizar a tecnologia de RA.


Escrituras cíbridas: fontes tipográficas digitais baseadas em letras de mão
Por Priscila Lena Farias, FAU-USP e Centro Universitário Senac de São Paulo

A escrita tipográfica difere das escritas manuais de maneira fundamental, pois, para obter a capacidade de reproduzir visualmente a linguagem verbal de forma automatizada, é necessário segmentar traçados e restringir a variedade de modelos de letra. As “escrituras cíbridas”, proporcionadas pelas tecnologias digitais, são exemplificadas por fontes tipográficas digitais que, ao utilizar recursos disponibilizados por estas tecnologias, tornam cada vez mais tênues os limites entre escrita tipográfica e escrita manual.


Videogames e ciborgs: rumo à atualização
Por Roger Tavares, Centro Universitário Senac de São Paulo

Esse trabalho reúne as linhas de estudo mais comuns sobre pós-humanidade, da hibridização tecnológica à ideológica, passando pela feminista e estética, e propõe o videogame como um facilitador cognitivo para a atualização do conceito de humano.



Quarta Sessão de Conferências

Das 15:30 às 18 horas
O CONCEITO DO AUTOR NA PERSPECTIVA HISTÓRICA E SOCIAL


O direito autoral e as obras indígenas e colaborativas
Por Guilherme Carboni, ECA-USP

A concepção de autoria no sistema de proteção de direitos autorais é bastante individualista e baseada na ideia de indivíduo-autor. Dessa forma, existem similaridades entre os desafios para a regulamentação de direitos autorais sobre as criações indígenas e aqueles relativos às criações colaborativas em rede, especialmente no que diz respeito à dificuldade de identificação da autoria. Na ausência de um organizador dessas criações, surgem questões importantes que ainda não estão reguladas satisfatoriamente, como as relativas à sua comercialização, à forma pela qual poderiam ser identificadas (se por uma assinatura individual ou coletiva) e se deveriam ou não ser consideradas pertencentes ao domínio público.


A crítica genética e os originais literários na era virtual
Por Verónica Galíndez Jorge, GELLE – DLM – FFLCH-USP

O objetivo dessa intervenção é pensar sobre as relações entre as novas práticas de escrita e as propostas de leitura dos processos criativos, oferecidas pela crítica genética ao longo dos últimos 40 anos. Cabe, então, refletirmos sobre como ler e analisar a criação cujo suporte e meio de criação são as práticas contemporâneas, em meio eletrônico, hipertextual ou, como sugere Artur Matuck, cíbrido (ciber-híbrido). A crítica genética vê-se obrigada a articular posições que oscilam entre a produção e a recepção, já que parece impossível repensar o trabalho de criação sem uma reflexão a respeito das novas práticas e do novo tipo de leitor que elas requerem.


Processo criativo como redes em construção
Por Cecilia Salles, PUC-SP

As discussões sobre processo de criação têm se mostrado fundamentais para uma reflexão crítica sobre a arte. Muitas questões de extrema importância para se discutir a produção artística, em geral, e a das últimas décadas, de modo especial, nos transportam para as histórias das construções das obras, preservadas nos documentos de arquivos dos artistas; no entanto, esses registros dos processos precisam sair do âmbito da curiosidade e entrar para o campo da produção de conhecimento sobre processo de criação.

A produção artística aponta também para a complexa relação entre processo e obra. Para compreendermos a natureza desses vínculos, as leituras dos objetos estáticos não são satisfatórias, pois parecem deixar de lado algo determinante dessas obras. Diante dessas questões, proponho uma crítica de processos: uma abordagem que compreende a criação em sua natureza de rede complexa de interações. A perspectiva processual, se levada às ultimas consequências, não se limita, assim, a documentos já produzidos, que, portanto, pertencem ao passado das obras. Fica clara a relevância de se construírem instrumentos teóricos que se ocupam de redes móveis de conexões. Ao olhar retrospectivo da critica genética, é adicionada uma dimensão prospectiva, oferecendo uma abordagem processual, em sentido mais amplo.


Visibilidade e vigilâncias digitais e aura virtual: Walter Benjamin na Web 2.0
Por Pedro de Andrade, CAPP, Portugal

Benjamin inscreve-se numa escrita de incompletude, fundada, antes de tudo, na itinerância nas redes sociais urbanas e culturais da modernidade. Aí, constrói um mapa autoral-atoral, isto é, um percurso em que o autor nunca se desliga da sua condição de ator sociocultural, interventor na vida quotidiana da urbe. A atualidade de Benjamin transparece no processo das visibilidades/vigilâncias do social e da cultura, bem como em termos de uma aura virtual da arte, vislumbrável no cibertempo da Web 2.0.



DOMINGO, 9 DE AGOSTO, DAS 10 ÀS 16 HORAS
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura

Quinta Sessão de Conferências

Das 10 às 12:30 horas
O PROJETO CÍBRIDO NA HISTÓRICA MEDIÁTICA
Mediação: Caroline Cabral Rocha, PGEHA-USP


Herói-Zero-herói: cibernética e criatividade
Por Anja Pratschke, FAU-USP de São Carlos

Pode-se compreender o “c” de cíbrido como sendo o “c” da cibernética, uma metateoria que, segundo Glanville, permite entender como a máquina se relaciona com o mundo e vice-versa. Parte-se de uma discussão online da lista Yasmin, ocorrida em 2008, com o título “Cybernetics Serendipity Redux”, sobre a relevância da teoria no processo criativo atual, buscando-se ampliar o alcance da discussão, introduzindo análises de processos e trabalhos atuais em Arte e Arquitetura na cultura digital.


O pluralismo da cibermídia
Por Lucia Santaella, TIDD – PUC-SP

Os dispositivos móveis, conectando espaços físicos com espaços virtuais de informação, vêm provocando a rápida evolução do ciberespaço. As interrelações, complementaridades e sobreposições desses espaços têm desafiado as precedentes dicotomias entre o virtual e o real. Tais desafios serão discutidos nesse artigo por meio das diferenciadas práticas das mídias locativas.


Para além da comunicação entre homens
Por Nilton Bahlis dos Santos, NEXT-ICICT-Fiocruz, Rio de Janeiro

Os conceitos teóricos e paradigmas usados pelas ciências de informação e a comunicação se mostraram eficientes para refletir sobre a comunicação intersubjetiva. Ocorre que eles não permitem abordar os fenômenos que aparecem com a internet e com a ampliação da complexidade, em que as relações intersubjetivas são apenas uma pequena parte do processo comunicativo. Para entender a comunicação na internet, temos de pensá-los como práticas cíbridas, que envolvem homens, máquinas, artefatos e seus ambientes.


A emergência do estético em projetos de realidade cíbrida
Por Lucia Leão

O advento de novas tecnologias de comunicação e computação na sociedade contemporânea propicia a vivência e a experimentação de projetos cíbridos, que hibridizam espaços físicos e informacionais. Tecnologias de realidades híbridas, ambientes imersivos e interatividade com ênfase em habilidades cognitivas permeiam as práticas do cotidiano. Como a computação tangível, ubíqua e pervasiva, realidade aumentada, realidade mista e a ciberarte reconfiguram a compreensão do sensível e estimulam a emergência da experiência estética? De que modo as estéticas tecnológicas podem fundamentar e articular transformações éticas e lógicas? Nessa palestra, pretendemos analisar projetos de realidade cíbrida que estimulam a emergência do estético em seus desdobramentos práticos e cognitivos.


Sexta Sessão de Conferências

Das 13:30 às 16 horas
ESTRATÉGIAS CRIATIVAS NO SÉCULO XX EM ARTEMÍDIA
Mediação: Guilherme Carboni, ECA-USP


A arte contemporânea entre os conceitos de espaço da obra e de espaço de acontecimentos
Por Carlos Zibel Costa, FAU-USP

O século passado assistiu, entre espantado e empolgado, à transformação da arte e de seus objetos. Da artisticidade compreendida e, outrora, inerente aos objetos de arte, vimos surgir a necessidade de um espaço da arte, na expressão de Alberto Tassinari. Para que ela – arte – pudesse se fazer, em processo permanente e interativo, com seus fruidores ou partícipes. Nas últimas décadas do século, então, vem à tona o tsunami da digitação e configura-se, soberanamente, o espaço da virtualidade cada vez mais imiscuído nas trivialidades diárias deste novo século que vivemos.

Com a afirmação e o desenvolvimento da ubiquidade digital, bem como a socialização crescente dos recursos potencializados pelo hiperespaço e a cultura em rede, surge a demanda por um espaço de acontecimentos. Cruzamento do real com o possível, conforme leitura de Pierre Lévy, ele gera eventos atualizados a cada oportunidade. A arte, o design e a arquitetura vêm se apropriando dessa possibilidade e faz-se, portanto, necessário e urgente, estabelecer suas melhores estratégias.


Desafios pós-modernos de representações etnocêntricas e globalistas de espaços urbanos (ministrada em inglês com tradução simultânea)
Por Marcel Cornis-Pope, MATX-VCU, Richmond, EUA

Essa palestra considera a revisão de nosso conceito de espaço na literatura pós-moderna. O autor argumenta que as duas últimas décadas têm libertado nossa imaginação topográfica das tradicionais polarizações ideológicas, mas estes mapeamentos polarizados são substituídos por cartografias nacionalistas ou etnocêntricas que promovem ressentidas divisões culturais, ou por ideologias “globalizadas” que reforçam a “divisão internacional de trabalho e de apropriação, beneficiando o Primeiro Mundo em detrimento do Terceiro Mundo” (Teresa Ebert).

Os exemplos tomados de obras literárias e artísticas dos Estados Unidos e do Centro-Leste da Europa transcendem tanto o nivelamento global como o separatismo etnocêntrico, celebrando cruzamentos, pontes, “hibridação” cultural e “mapeamentos potencialmente ilimitados”. A ficção de Thomas Pynchon, desde Gravitys Rainbow e Vineland até Mason & Dixon, tem-se preocupado com a busca de uma visão cartográfica alternativa e arrasta-se nas "fronteiras entre mundos”, desafiando partições imperialistas e locais. Da mesma forma, a literatura escrita mais recentemente no Centro-Leste da Europa reflete as forças conflituosas que tendem simultaneamente à integração e à autodiferenciação.


Escrita, hipertexto e literatura na sociedade de investigação
Por Pedro Andrade

Na Web 2.0, os modos de escrita em geral, e literários em especial, passam-se tanto no ciberespaço quanto no cibertempo. Aí, a escrita não é entendida sem a contextualizarmos na atual sociedade de investigação. Trata-se de uma escrita comum, em que autores leigos competem com os autores especialistas tradicionais, como o escritor. Os paradigmas centrais, concretos e originais dessa nova organização da informação, do saber e da narratividade são as folksonomias e as transcotomias.


Futurismo e expressão mediática (ministrada em inglês com tradução simultânea)
Por Bernardo Piciche, VCU, Richmond, EUA

O Manifesto Futurista foi publicado exatamente um século atrás. O movimento, que começou, na sua maior parte, como uma experiência intelectual italiana, espalhou-se por toda a Europa e a América. A presente palestra irá analisar a gênese, as conquistas e as consequências do Futurismo, com particular incidência sobre sua componente ideológica e seus resultados nas artes visuais.


SEGUNDA-FEIRA, 10 DE AGOSTO, ÀS 16 HORAS
PUC – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Programa de pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, PUC-SP

Evento Especial

16 horas
Reconfigurando as humanidades na era da comunicação multimediática: o doutorado interdisciplinar em mídia, arte e texto na Virginia Commonwealth University (ministrada em inglês com tradução simultânea)


TERÇA-FEIRA, 11 DE AGOSTO, DAS 10 ÀS 18 HORAS
Museu da Língua Portuguesa, Estação da Luz

Sétima Sessão de Conferências

Das 10 às 12 horas
O PROJETO CÍBRIDO NAS LINGUAGENS MEDIÁTICAS
Mediação: Artur Matuck, ECA & PGEHA


Imanência, Emergência e Rede
Por Naira Ciotti

Uma teoria para a performance está apoiada na imanência das obras e dos artistas responsáveis por provocarem estranhamentos e contaminações. A performance na contemporaneidade será vista como uma emergência artística. Os comportamentos emergentes se manifestam sempre em rede, e esta oscila entre ser uma criatura única e uma multidão, por ser um sistema botton up e não top down.


Filosofias do pós-humano
Por Massimo Di Felice

Depois do pós-moderno na pauta do debate dos principais centros acadêmicos internacionais, tomou espaço a discussão sobre os dinamismos e as transformações das interações entre o humano e as técnicas na época contemporânea. A palestra analisará os significados atribuídos à crise do humanismo e as principais interpretações do conceito de pós-humano, dando ênfase à necessidade de repensar, nos contextos digitais interativos, as novas formas ecológica e pós-antropomórfica do ser.


Ser editor, hoje: o século XXI e as novas tecnologias
Por Ana Cândida Costa e Raquel Matsushita

As novas tecnologias vieram para ampliar as possibilidades da confecção de um livro, que não consiste apenas em mandar imprimir automaticamente um original, sem tratamento ou visão pessoal do que é comunicar singularmente uma ideia. Elas são instrumentos em todas as etapas da edição, da divulgação e da comercialização, permitindo a interação entre todos os atores do projeto ab ovo. Exemplificamos isso pela memória da edição do livro em lançamento neste Simpósio, Artemídia e Cultura Digital, e a coleção homônima, envolvendo o Acta Media III, autores, editora, designer, conselho editorial, parceiros na edição e na recepção: Fapesp, PGEHA-USP e Casa das Rosas. Nossa fala destaca o papel do editor e do designer. Não há livro editado sem um bom design e designer. A tecnologia na mão amadora não é suficiente. É preciso um mínimo de técnica e muito de sensibilidade artística. E no cotidiano profissional temos de conhecer as regras, para quebrá-las ao surpreender, como “filhos do nosso tempo”.


Oitava Sessão de Conferências

Das 13 às 15:30 horas
AUTORIA E LEITURA EM CULTURAS TEXTUAIS
Mediação: Artur Matuck, ECA & PGEHA


O movimento futurista italiano considerado por Pirandello
Por Bernardo Piciche, VCU, Richmond, EUA

O Futurismo, com seu bombástico mito da energia mecânica, pode acarretar ansiedades de irracionalidade e alienação. Pirandello, o maior dramaturgo italiano do século XX, parece nutrir perplexidade sobre as infinitas possibilidades da ciência e das máquinas. Ele expressou suas dúvidas mais interessantes em um romance, I quaderni di Serafino Gubbio, publicado pela primeira vez em 1915.


Interações entre autores e leitores através de comunicação em redes (ministrada em inglês com tradução simultânea)
Por Marcel Cornis-Pope, MATX-VCU, Richmond, EUA

Baseando-se em novas tecnologias de hipermídia que realçam o papel da interação discursiva, essa apresentação destaca a função que reler e reescrever pode desempenhar no atual ambiente saturado de computadores. O trabalho aborda questões cognitivas e pedagógicas na transição dos tradicionais modos de leitura e escrita, frequentemente lineares, aos diversos níveis interativos do reler/reescrever. A própria definição do papel de autores e leitores muda dentro deste paradigma colaborativo e interativo. Escritores engajam-se em um dinâmico e aberto processo de semiose, produzindo múltiplas variantes textuais; leitores transitam da leitura linear à crítica para vários modos de releitura interativa que levam em conta a complexidade do texto, bem como a relação entre autor, cultura e leitor. Este estudo ressalta também as vantagens pedagógicas de uma abordagem de interpretação literária assistida por computadores e colaborativa.


O efeito da escritura: um novo sujeito
Por Philippe Willemart

Várias tentativas de apreender o sujeito serão confrontadas e articuladas às concepções do filósofo Vincent Descombes e do escritor Pascal Quignard para determinar o momento da aparição do sujeito que circula nos manuscritos e constrói a escritura.


Palestra de encerramento

16 horas
Direito romano, Dante e o autor italiano na história literária (ministrada em inglês com tradução simultânea)
Por Bernardo Piciche, VCU

Como é que Cato, um pagão, suicida e inimigo da ideia imperial, recebe de Dante um papel tão importante na Divina Comédia? A referência ao Direito romano nos permite resolver o "mistério" de Cato como um guardião do Purgatório. Dante adota elementos do Direito romano para acrescentar significado a sua poesia.


QUARTA-FEIRA, 12 DE AGOSTO, DAS 10 ÀS 13 HORAS
Museu de Arte Contemporânea, no campus Cidade Universitária, Universidade de São Paulo

Encontro de trabalho

Planejamento de projetos e publicações (ministrada em inglês com tradução simultânea)
Mediação: Artur Matuck, PGEHA-USP e ECA-USP. Com a presença de: Marcel Cornis-Pope e Bernardo Piciche, VCU, Richmond, EUA; Pedro de Andrade, CAPP, Lisboa, Portugal; Guilherme Carboni e Veronica Galindez-Jorge, USP.


Serão fornecidos certificados para aqueles que tiverem frequência mínima de 75%.
Favor enviar e-mail a cada sessão, confirmando sua presença, para: actamedia7@gmail.com.
Inclua comentários sobre temas discutidos e sua avaliação das palestras e debates da sessão.


Currículos em ordem de apresentação

Musa Editora tem o perfil das chamadas editoras independentes. Fenômeno no mundo inteiro, essas pequenas casas editoriais são exemplo de resistência na manutenção do protagonismo do livro como “objeto perfeito”, seu papel civilizatório em uma era em que espocam constelações de barbárie. Sem bons livros, não há boa leitura.

Ana Cândida, editora da Musa, interage com tudo o que se move em torno do editar e vender um livro; seu blog: www.anacandidacosta.blogspot.com.

PGEHA é um programa cujo objetivo é oferecer reflexão aprofundada e orgânica a respeito da arte, abrangendo aspectos estéticos, históricos, político-econômicos e críticos. Fomenta as relações da pesquisa e da produção artística com a sociedade e se propõe a estabelecer interações com outras áreas do conhecimento.

COLABOR é um grupo multidisciplinar de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de comunicações, computação e artes, interligado ao Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte, da Universidade de São Paulo, voltado para a experimentação das possibilidades das novas mídias, envolvendo profissionais, pesquisadores, professores e estudantes.

Marcel Cornis-Pope é professor de Inglês na VCU e diretor do programa de PhD interdisciplinar Mídia, Arte e Texto. Autor de cinco monografias acadêmicas e mais de 200 artigos e capítulos de livro sobre ficção contemporânea, estudos narrativos de teoria e crítica em revistas e volumes publicados em diversos países. Além disso, traduziu e introduziu oito volumes de poesia e prosa, e tem editado coleções, incluindo quatro volumes sobre History of the Literary Cultures of East-Central Europe (coeditado com John Neubauer).

Bernardo Piciché é coordenador dos Estudos Italianos e Estudos Mediterrâneos da VCU. Depois de receber seu diploma de Direito da Universidade de Roma, Bernardo trabalhou no escritório legal da Organização para a Agricultura e a Alimentação das Nações Unidas (FAO). Bernardo tem mestrados da Universidade de Roma, Paris e da Universidade de Yale, onde recebeu seu doutorado em Língua e Literatura Italiana em 2004.

Pedro de Andrade é professor na Faculdade de Belas Artes de Lisboa e investigador (pesquisador) no CAPP, do Instituto de Ciências Sociais e Políticas (UNL). Tem doutorado em Sociologia da Cultura Urbana-Artes na FCSH–UNL, com a máxima classificação. É coordenador de vários projetos, alguns financiados pela FCT, reunindo equipes de pesquisadores da Europa e Américas. Publicou diversos livros, artigos de revistas, jornais etc., tendo realizado várias obras em artes eletrônicas desde 1976.

Elza Ajzenberg é graduada em Filosofia, pela Universidade de São Paulo (1968), e em Pintura, pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Tem doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, onde atualmente é professora titular. Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (2000-2008); coordenadora do Centro Mario Schenberg de Documentação da Pesquisa em Artes da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (1990-2008); e diretora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (2002-2006).

Alecsandra Matias de Oliveira, MAC-USP e PGEHA-USP, é graduada em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (1995) e mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é especialista em Cooperação e Extensão Universidade, da Universidade de São Paulo.

Artur Matuck, ECA-USP e PGEHA-USP, tem atuado no Brasil, Estados Unidos, Canadá e Europa como professor, pesquisador, escritor, artista plástico, diretor de vídeo, performer, produtor de eventos de telearte e, mais recentemente, como filósofo da comunicação contemporânea e organizador de simpósios internacionais. Desde 2002, organiza o Simpósio Internacional de Artemídia e Cultura Digital, intitulado Acta Media, na Universidade de São Paulo. De janeiro a junho de 2009, atuou como professor visitante no programa doutoral em Media, Arte e Texto, na Virginia Commonwealth University, Richmond, Virginia, EUA. Sua produção teórica tem sido publicada especialmente por meio do periódico Leonardo, periódico oficial da Sociedade Internacional de Arte, Ciência e Tecnologia. Site: http://www.actamedia.org/arturmatuck/.

Guilherme Carboni é mestre e doutor em Direito Civil pela USP. Pós-doutorando na ECA-USP, é pós-graduado em Sociologia do Direito pela Università Degli Studi di Milano, Itália. Professor na pós-graduação stricto sensu na ECA-USP. Coordenador do curso de Pós-Graduação em Direitos Intelectuais e nos Meios Digitais na FAAP. Pesquisador do Colabor. Foi coordenador da Comissão de Direitos Autorais da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI) e da área de Direitos Autorais do Instituto de Direito do Comércio Internacional e Desenvolvimento (IDCID). Autor dos livros O Direito de Autor na Multimídia e Função Social do Direito de Autor, bem como de diversos artigos na área do direito autoral.

Carlos Zibel Costa é doutor em arquitetura e urbanismo na área Design e Arquitetura, pela FAU-USP, onde, como professor associado, ensina, pesquisa e orienta nos cursos de Design e de Arquitetura. Atual coordenador do Grupo de Disciplinas Programação Visual, vice-coordenador do LabMídia e líder do Grupo de Pesquisa Design, Ambiente e Interfaces. Participou de inúmeros júris, exposições e curadorias artísticas e tem trabalhos em arquitetura, artes plásticas e design – artes gráficas, ilustração, fotografia e multimídia.

Edwin Pitre Vásquez é músico e pesquisador panamenho. Reside há 31 anos no Brasil. Tem bacharelado em Regência de Orquestra e Coro, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, mestrado em Produção Artística e Crítica Cultural, pelo Programa de Pós-Graduação em Integração de América Latina, da USP, e doutorado em Musicologia pela Escola de Comunicações e Artes, USP. É pesquisador associado da CESA (Sociedade Científica para Estudos da Arte) e do MusiMid (Centro de Estudos em Música e Mídia). É especialista em música latino-americana, com artigos publicados em diversos países, na área de Musicologia e Etnomusicologia.

Beatriz Martins, PPG-COM-USP, é doutoranda em Ciências da Comunicação na ECA-USP, onde desenvolve o projeto de pesquisa “Autoria em Rede”, sobre os novos processos autorais colaborativos presentes nas redes interativas de comunicação. Integrante do grupo de pesquisa Colabor - ECA-USP. Trabalha no desenvolvimento de projetos de comunicação para internet. Tem experiência docente nas áreas de: Comunicação, Educação e Novas Tecnologias.

Maria Goretti Pedroso, PPG-COM-USP, é jornalista, com especialização em cinema publicitário. Mestre e doutoranda em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP), é Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Cinema, Vídeo e Fotografia do Centro Universitário Belas Artes; consultora pedagógica do SENAC;cCoordenadora do Centro de Estudos da Comunicação Barbarella (ECA-USP); pesquisadora do Colabor, Centro de Estudos Multimídia. È ainda coordenadora e curadora do “Panorama Brasil em Movimento”, projeto que leva cinema, artes plásticas, fotografia, teatro e videoarte para várias partes do mundo.

Caroline Cabral Rocha, mestranda pelo PGEHA-USP, Programa Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo, é arquiteta especializada em Museologia pelo MAC, Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e coordenadora de eventos do IDHC, Instituto de Desenvolvimento de Habilidades de Comunicação. É parceira da Effect Cenografia. Graduada, em São Paulo, pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) e, em Paris, pela ENSAPLV (Ecole Nationale Supérieure de Architecture de Paris – La Villette).

Victor Aquino, CRP-ECA-USP, é professor titular de Estética em Publicidade, na ECA-USP, desde 1991. Doutor em Ciências e livre-docente em Comunicações e Artes, publicou, entre outros, Aesthetics, as way for watching Art and things, Folks and cowboys, Aesthetical effects of open-air media e Metáforas da Arte. Integra o Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo. Coordena o Coletivo Estudos de Estética, grupo de pesquisa focado, sobretudo, nos reflexos estéticos da moda na cultura.

Caio Adorno Vassão, FAAP-SP, é graduado, mestre e doutor pela FAU-USP. Estuda o diálogo entre a tecnologia, a arte, o ambiente urbano e o pós-estruturalismo. Atualmente, coordena a iniciativa “Outra Urbanidade”, dedicada aos processos colaborativos e à construção alternativa da cidade, e ensina em cursos de Design, Arquitetura e Urbanismo. Coordenou cursos de graduação e pós-graduação em Design, Interfaces Digitais e Mídias Interativas.

Roger Tavares, Senac-SP, é "doutor em games" com a tese “Videogames: Brinquedos do Pós-Humano”. É professor de Game Design e Gamecultura no Senac-SP e, atualmente, faz pesquisa de pós-doutorado sobre Inteligência e Videogames no programa de mestrado em Tecnologias da Inteligência e Design Digital da PUC-SP. É advisor da IGDA (International Game Developers Association - Chapter São Paulo), maior associação da categoria no mundo, e membro do Steering Committee do Sbgames, Simpósio Brasileiro de Games, maior evento da área na América Latina. É fundador da Comunidade Gamecultura, em: www.gamecultura.com.br.

Romero Tori, POLI-USP, é engenheiro, doutor e livre-docente pela USP. Atualmente é professor associado da Escola Politécnica da USP e professor titular do Centro Universitário Senac. É professor dos cursos de graduação e mestrado em Design do Senac, do curso de graduação em Design da FAU-USP, do curso de Engenharia de Computação e do programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica da POLI-USP. Criou e coordena o Interlab – Laboratório de Tecnologias Interativas da POLI-USP. É membro do Conselho Deliberativo da Escola do Futuro da USP. Participa da organização de diversos eventos científicos nas áreas de design, engenharia, educação, realidade virtual e games. Seus temas de interesse são: tecnologias interativas, realidade virtual, Realidade Aumentada, jogos e ambientes virtuais, bem como as aplicações dessas tecnologias em educação e saúde.

Priscila Lena Farias, FAU-USP, é designer gráfica, doutora em Comunicação e Semiótica e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. É professora da FAU-USP e do Centro Universitário Senac, presidente da SBDI e vice-presidente da AEND/Brasil. É editora do periódico científico InfoDesign, autora de livros e de diversos artigos sobre tipografia, design gráfico e semiótica.

Verónica Galíndez Jorge tem graduação em Letras Modernas (Francês/Português) pela Universidade de São Paulo (1997), mestrado em Letras (Língua e Literatura Francesa) pela Universidade de São Paulo (2000) e doutorado em Letras (Língua e Literatura Francesa) pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é professora doutora da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Crítica Genética, atuando principalmente nos seguintes temas: crítica genética, crítica literária, escritura, psicanálise e literatura francesa. Dirige o Grupo de Estudos Literatura Loucura Escritura e é coeditora da revista Manuscrítica - Revista de Crítica Genética.

Cecilia Almeida Salles é professora titular do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. É coordenadora do Grupo de Pesquisa em Processos de Criação. É autora dos livros: Gesto inacabado (Annablume, 1998); Crítica Genética - 3ª ed. (São Paulo, Educ, 2008); Redes da criação da obra de arte (ed. Horizonte, 2006). Foi curadora do evento Redes da Criação (Itaú Cultural, 2008).

Anja Pratschke, alemã, arquiteta DPLG e pesquisadora, vive no Brasil desde 1990. Professora doutora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da EESC, Universidade de São Paulo, co-coordenadora do grupo de pesquisa Nomads.usp. (www.nomads.usp.br), Núcleo de Estudos sobre Habitares Interativos.

Lucia Santaella é coordenadora da pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital (PUC-SP). Doutora em Teoria Literária pela PUC-SP e livre-docente em Ciências da Comunicação pela USP. Tem 30 livros, perto de 300 artigos publicados no Brasil e no exterior e organizou 11 livros.

Nilton Bahlis dos Santos é especialista em sistemas complexos e interativos, coordenador do Núcleo de Experimentação de Tecnologias Interativas (Next) do Icict/Fiocruz, doutor em Ciência da Informação e um dos coordenadores do Observatório para la Cibersociedad (OCS) e do conselho editorial de sua revista. Foi diretor do Centro Nacional de Quadrinhos, Roteiro e Imagens e um dos criadores da Bienal Internacional de Quadrinhos, sendo curador e produtor de suas três edições.

Lucia Leão é professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Tem pós-doutorado em Artes pela Unicamp (2007), doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (2001) e mestrado em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP (1997). É bacharel em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina (1985) e tem especialização em Ação Cultural pela ECA-USP. Sua pesquisa é de natureza interdisciplinar e se concentra principalmente nos seguintes temas: mídias digitais, design de interface, estéticas tecnológicas, processos criativos, hipermídia, ciberarte, ciberespaço, cibercultura e artes plásticas. É autora de vários livros, entre eles, O Chip e o Caleidoscópio e Cibercultura 2.0.

Philippe Willemart, de formação literária e psicanalítica, é professor titular em literatura francesa na FFLCH-USP e coordenador científico do Laboratório do Manuscrito Literário (LML) e do Núcleo de Apoio à Pesquisa em Crítica Genética (NAPCG) da Universidade de São Paulo (http://www.fflch.usp.br/dlm/napcg). Em 1985, participou da fundação da Associação dos Pesquisadores em Crítica Genética (ex-APML, APCG), que edita a revista Manuscrítica desde 1990. Publicou os livros: Escritura e linhas fantasmáticas (Ática, 1983); Universo da criação literária (Edusp, 1993); A pequena letra em teoria literária (Annablume,1997); Crítica genética e psicanálise (Perspectiva, 2005), entre outros. Publicou, no exterior, os títulos: Dans la chambre noire de lécriture (Hérodias de Flaubert) (Paratexte, Toronto, 1996); Au-delà de la psychanalyse: la littérature et les arts (L’Harmattan, Paris, 1998); De l´inconscient en littérature (Liber, Montreal, 2008), entre outros. Site: http://plmgwill.iquebec.com/.

Raquel Matsushita é graduada em publicidade e propaganda pela Universidade Metodista de São Paulo tem especialização em design gráfico, cor e tipografia na School of Visual Arts, de Nova York. É colaboradora do escritório de design Linda Kosarin Studio. Foi editora de arte da Abril Jovem e da revista Galileu (Globo). Fundou o escritório Entrelinha Design (www.entrelinha.art.br).

Vanderlei Lucentini trabalha com música eletrônica e performance art desde o início dos anos 1980. Devido ao seu enfoque multimídia, seus trabalhos foram difundidos por meio de concertos no Brasil (Vozes Clamando no Deserto, Festival de Campos do Jordão, Festival Música Nova e Hipersônica), instalações (3ª Bienal de Arquitetura-SP, Museu Aleijadinho), peças teatrais (Além da Linha D’Água e A Missão), coreografias (Algum Lugar Fora do Mundo, Barulho Indiscreto da Chuva), filmes e performance art (Constelações, Renato Cohen em processo, Se na sexta-feira tivesse feito sol). Além do seu trabalho solo e com o Núcleo In Táctil, tem atuado em parceria com diversos artistas representativos da cena contemporânea, como: Ivaldo Bertazzo, Anna Maria Kieffer, Renato Cohen, João Andreazzi, Ko Umezaki, Rodolfo Coelho de Souza, Marcio Aurélio, entre outros. Estudou música eletroacústica no programa do Dartmouth College (New Hampshire, Estados Unidos).

Créditos:

Produção do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte (PGEHA-USP) e do Programa de Doutorado em Mídia, Arte e Texto (MATX) do Departamento de Inglês, Virginia Commonwealth Universtiy (VCU) de Richmond, Virginia, EUA; em colaboração com o Centro Colabor de Pesquisas em Linguagens Digitais (COLABOR-USP) e a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

Evento pertencente à contínua parceria e colaboração entre a Universidade de São Paulo e a Virginia Commonwealth University (VCU).

Coordenação: prof. dr. Artur Matuck, ECA-USP e PGEHA-USP, em colaboração com a Comissão Organizadora da USP: profa. dra. Elza Ajzenberg, ECA-USP e PGEHA-USP; profa. dra. Alecsandra Mathias, MAC-USP; prof. dr. Guilherme Carboni, PPG-COM, ECA-USP; prof. dr. Carlos Zibel, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, FAU-USP; Aline Novais de Almeida, IEB-USP.

Participação de professores visitantes:

Dr. Marcel Cornis-Pope, professor e diretor do Programa de Doutorado em Mídia, Arte e Texto (MATX), Departamento de Inglês, Virginia Commonwealth Universtiy (VCU), Richmond, Virginia, EUA.

Dr. Bernardo Piciche, professor assistente de Italiano e Estudos Mediterrâneos, diretor do Programa de Italiano e coordenador de Estudos Mediterrâneos, Virginia Commonwealth Universtiy (VCU), Richmond, Virginia, EUA.

Dr. Pedro de Andrade, professor da Faculdade de Belas Artes, Universidade de Lisboa, Portugal; investigador no Centro de Administração e Políticas Públicas (CAPP), Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Lisboa, Portugal.